A relação entre Brasil e Venezuela tem apresentado instabilidades. Esse cenário passou a se tornar mais evidente no final de março, quando o Itamaraty lançou um nota repudiando a impossibilidade da candidatura de Corina Yoris nas eleições venezuelanas. Em resposta, Nicolás Maduro chegou a publicar uma nota afirmando que o pronunciamento oficial brasileiro parecia ter sido “ditado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos”.
Esse posicionamento do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva parece indicar uma recuo quanto a um apoio maior demonstrado anteriormente a Maduro, algo que já causou certo desgaste em sua imagem.
No entanto, essas ressalvas não vêm apenas de Lula. Gustavo Petro, presidente da Colômbia, também chegou a se manifestar, expressando “preocupação” com a situação das eleições venezuelana. Maduro também respondeu Petro, apontando que se tratava de uma “esquerda covarde”. Vale ressaltar que, tanto Brasil como Colômbia, são as grandes economias mais próximas de Maduro.
A influência da questão de Guiana Essequiba
Em meio a esse cenário da relação entre Brasil e Venezuela, outra questão também parece ter influência: Guiana Essequiba. Na cronologia dessas notas oficiais e declarações dos governos, a Venezuela provou a lei para criação do estado de Guiana Essequiba.
O Brasil tentava mediar essa tensão para evitar uma guerra nas fronteiras, a qual poderia levar a ums intervenção estrangeira e bases permanentes na América do Sul.
Ou seja, a mudança de postura do governo brasileiro pode ter sido não apenas pelos impasses nas eleições da Venezuela, mas também por conta da promulgação desta lei por Nicolás Maduro.
** Imagem em destaque: Nicolás Maduro – Crédito: Ricardo Stuckert/PR/ Palácio do Planalto via Flickr